Summary: Uma reflexão sobre escolhas que tornarão nossa vida fútil e a necessidade urgente de andarmos na presença de Deus sempre.

QUANDO A VIDA HUMANA É UMA BOBAGEM

Sl 90

Introdução:

Esse Salmo possui marcas que o torna especial:

1. Sua singularidade: Autoria de Moisés, sendo seu único. Seu estilo e seus pensamentos são diferenciados. Há uma independência e originalidade.

2. Seu contexto: Escrito num momento de reflexão do líder Moisés face a transição entre a Geração do Deserto e a Geração da Terra Prometida. Ao término de 40 anos. O evento que inspirou esta reflexão foi o Pecado de Cades Barnea. Esse fato está registrado em Nm 13-14.

Contexto Próximo: O povo após sair do Egito, em poucas semanas estavam a margem de Canaã. Cades era um oásis, bastaria-o atravessar. Numa operação de reconhecimento foram enviados 12 espias, após 40 dias voltaram com um relatório positivo e negativo do lugar. Era uma terra boa, mas por outro lado havia obstáculos gigantescos para possuí-la. Apenas dois acreditaram que poderiam possuir aquele lugar. Este relatório não foi aprovado.Levantou um motim em face da decepção contra Moisés e Arão. Deus ali pronunciou um julgamento: Todos os que saíram do Egito não entrariam em Canaã. Toda aquela geração (20 anos acima) morreria no deserto. Eles vagariam 40 anos. Somente 2 entrariam. Seria outra geração que entraria sob a liderança de Josué. Estima-se pelo livro de Números que cerca de 1.200.000 pessoas saíram do Egito. O deserto veio a ser um cemitério enorme. Em um ano 31.580; 87 pessoas por dia simplesmente por causa da incredulidade.

Moisés foi testemunha da vida e da morte e sob a luz destes 40 anos nos traz um poderosa e necessária reflexão sobre a vida humana. É uma profunda reflexão sobre a vida humana que nos deve levar a pensar e a considerar como estamos vivendo. Afinal aquela geração tinha tudo para possuírem um vida melhor. No entanto passaram o resto de sua vida vagando tolamente no deserto. Perderam a benção. Porque fizeram de sua vida uma bobagem? Porque suas vidas foram um projeto vazio? Que essa tragédia jamais se repita.

I. Uma Realidade Constatada: A Eternidade de Deus e a Transitoriedade de Homem (1-6)

1. Deus eterno: (1,2)

Moisés inicia sua reflexão por um faz um contraste entre a eternidade divina e a transitoriedade humana. No lado divino ele afirma duas coisas:

A. Deus é nosso lugar de habitação (1)

Israel vagara pelo deserto e ainda não possuíram um lugar de “pousada” de “refúgio”. Acima de Canaã Deus ele deve ser “nossa casa”. O grande lugar de habitação do homem não é um lugar é um a pessoa: Deus. Embora alto, eterno ele não é inacessível. Ele é alcançável. É proteção. É segurança mais do que qualquer coisa nesta vida.

B. Deus é Eterno (2)

As montanhas, a terra (planeta) e o mundo (lugar habitado) são pequenas testemunhas de um fato bastante profundo: Deus é eterno. Deus sempre existiu. Deus é. É o grande eu sou. Deus está além do tempo. Não está sujeito. Portanto não é um Deus variável, inconstante, limitado, é confiável. (É o fundo para se fazer um realce, um destaque) (Descreve a condição humana)

2. A transitoriedade de homem (3-6) (finito, limitado pelo tempo)

A. Moisés lida com a fragilidade do homem (3)

Homem está destinado a voltar de onde veio: Deus o fez de pó; ele é destinado para voltar a pó. O futuro de homem está igual à sua origem: pó. Esta afirmação propicia não são teológicas ou meramente filosófica, são pastorais: um convite, uma chamada ao arrependimento. (Tornai, filhos...) A morte é um juízo divino (Deus é o sujeito) e ela é contemplada como um julgamento. Diante disto cabe ao homem arrepender-se.

B. Moisés afirma a insignificância do tempo sobre Deus (4)

O que é mil anos na visão de Deus? Moisés usa duas frases para descrever que mil anos está na visão de Deus. A primeira frase é, mas como ontem. Em outro palavra, mil anos para Deus é só noite na vida de homem (12 horas). Porém o texto compara com vigília (1/3 – 4 horas). Assim, o salmista reduz os mil anos de Deus a só quatro horas de vida humana. O que mil anos é para Deus? Somente quatro horas de vida humana! Porém, a Palavra vai mais adiante, enfatizando que não é do dia, mas da noite. Este é o tempo que as pessoas dormem, e as pessoas não consideram tempo enquanto eles estiverem dormindo. Não se tem consciência do transcurso de minutos e horas quando se dorme.

C. Moisés enfatiza a certeza de morte. (5)

Ele declara a beleza de vida é curta (90:5b-6). Primeiro, as flores de Israel têm um período de vida muito curto. Segundo, não importa quanto tempo um homem vive, não todos esses anos podem ser completamente produtivos. Os primeiros são de dependência e aprendizado. (tomar decisões, aprender a ler, escrever e discernir). Segue-se, um declinação de força física e mental. Nós não somos permanentemente produtivos (doenças e problemas). As pessoas geralmente não estão atentas da brevidade de vida humana. Um adolescente não tem nenhuma consciência de como vida curta realmente é; ele sabe que ele morrerá em algum dia, mas aquele dia, na mente dele, é mesmo, muito longe. Uma pessoa mais velha, mais sábia vem àquela consciência, mas provavelmente não antes da força física e mental dela está gasta. Terceiro, a vida humana é frágil sendo assim, nós temos que fazer isto contar para o Deus. É importante que nós planejemos nossas vidas cuidadosamente para nos tornar mais produtivos a Deus. (Laurindo de Rabelo – Tempo)

II. A Causa desta Realidade: A Fonte do Problema é o Pecado

A vida humana não é só curta, mas em grande parte de sua vida é um estado de rebeldia. O tipo de vida nesse espaço de tempo ela aborrece a Deus, desagrada... Não é só curta, é amarga...O modo de vida não só encurta a vida, como torna a vida uma amargura!

1. A Morte do Homem (7-9)

A causa é o fato que “nós aborrecemos” a Deus. Deus incita a ira sobre nosso modo tolo e bobo de viver. Muitos dos que saíram do deserto podiam ter outra sorte, outro fim, outro propósito. Poderiam ter vivido mais e melhor!!! Mais foram consumidos pela ira de Deus. Nós temos que a partir de agora refletir sobre uma opção de vida que não seja tão trágica, tão miserável, tão triste...Aquele povo poderia ter tido um destino diferente, uma vida diferente. Não foi falta de oportunidade...Foi uma questão de rebeldia.

No v. 8, Moisés fala sobre a razão para o julgamento; a razão era pecado: Nossos pecados secretos não são para Deus.

No v.9, mostra que a vida inteira de homem está debaixo da ira de Deus. O ponto é que as horas de luz solar parecem se pôr mais curto por causa da escuridão causado pela ira de Deus. Uma vida sob a indignação divina nada mais é que um breve suspiro, um ligeiro pensamento.

2. O Período de vida de Homem e a Ira de Deus (9-11)

Moisés discute o período de vida de homem e a ira de Deus, com verso dez que focaliza nos anos de homem. O que são os anos de homem? O que é o período de vida de homem? Os dias de nossos anos são [setenta]. Isso é um mínimo básico, embora muitas pessoas vivem menos que isso. Então ele diz, ou até mesmo por causa de força, 80 anos. Isso é um máximo básico, embora alguns vivem mais muito tempo. As coisas parecem longas diante de nós (jovens); as velhas olham para trás e dizem “Onde os anos se forma?”. Aos jovnes tudo é lento; aos velhos os anos passam depressa.

Por que isto acontece? O v.11 responde: Só alguns conhece a ira de Deus e entende seu propósito e poucas temem a Deus. Mesmo diante das tragédias e sofrimentos da vida o homem ainda opta por viver em rebeldia. As “durezas” e sofrimentos são oportunidades para se refletir..

3. A Aplicação: Conte Nossos Dias (12)

Nós precisamos perceber como poucos nossos dias realmente são e que, novamente, não todos nossos dias serão produtivos para Deus. Nós precisamos contar os dias que nós temos com uma compreensão completa das conseqüências de dias desmerecedores. (25.600 dias –29.200)

III. Oração para o Retorno do Favor de Deus (13-17)

Eu fui testemunha da vida quando um grupo de pessoas quiseram viver à margem, a parte de Deus, eu vi sofrimento, tristeza...Eu vi a morte...Eu tirei uma grande lição: A vida só pode ser vívida com Deus, em Deus, por Deus, para Deus...Portanto volta-te Senhor...um instante, um segundo de vida sem ti não tem sentido...é amargura, nós não sabemos viver só. Não fomos feito para assim viver...Volta-te Senhor...Alegra-nos...Sacia-nos...

Moisés emite uma oração para o retorno do favor de Deus. Em outras palavras, “não deixe a ira na Geração de Êxodo estender-se à Geração da Terra Prometida. Ele está pedindo para Deus que se transformar a tristeza em alegria.

Sacia-nos pela manhã...Que comece cada dia da minha vida contigo...Que o Senhor seja a mais preciosa e mais importante refeição do dia...Preciso de Ti Senhor...O Senhor é a maior das nossas necessidades!!! A alegria pode permear nosso viver somente se o Senhor estiver conosco. Uma vida distante de Deus ou sob sua ira é só tristeza, dor e sofrimento...

Alegria é “cantar tocando tons,” (14,15) Me ajuda a viver cantando. Que minha vida seja uma melodia divina, um poema cantado, um A oração é que eles podem desfrutar abundantemente da vida em lugar de continuar vivendo em tristeza. “Restabelece Senhor o Teu propósito de vida para com o teu povo!!!”

No v. 16, faz-se outro contraste entre o trabalho de Deus e o trabalho de homem. Verso dezesseis declara duas coisas enfatizando o trabalho de Deus: (1) Revela tuas obras (providência, tua ação, tua mão), a geração vindoura. (2) Aos filhos revela a tua beleza. Revele a Tua a beleza ó Deus, nisso, da mesma maneira que Deus pode castigar, Ele também pode abençoar.

No v. 17, discute o trabalho de homem, enquanto começando com um pedido: N!ao só revele tua beleza, mas tua graça (que é melhor que a vida!)

Conclui com um pedido final: Que nossos esforços te glorifique! Que nossas vida sejam um louvor. Aprova nosso atos, nossas ações, Senhor!

Conclusão:

1. Precisamos reconhecer que não importa quanto tempo nós vivemos, da perspectiva divina, vida é muito curta.

2. Não importa quanto tempo vivemos, nem todos os nossos anos serão produtivos (vividos sabiamente)

3. Devemos estar muito conscientes de quanto tempo que nos resta.

4. Temos que planejar nossas vidas de tal maneira para vivermos sabiamente.

Que conselhos. Que postura.

1) Aos jovens e adolescentes... Vocês tem a vida pela frente...A vida está a seus pés. Eu confesso que pesa sobre mim dia a dia a tremenda consciência de que poderia ter vivido melhor...Não desperdice sua vida...Não fujam da vontade de Deus...Não sofram desnecessariamente pela rebeldia de não fazer a vontade do Senhor...

2) Aos Adultos e Idosos... Vocês já apreenderam (espero) lições que não se aprende em qualquer banco de escola, mas na vida! Portanto aquele que até agora não tem vivido sabiamente, produtivamente, é hora de “pedir a Deus” volta-te Senhor...”Alegra-nos...”